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Os países mais poderosos que governarão o mundo em 2050

Que países governarão o mundo em 2050? De acordo com as conclusões da PwC, estes são os 10 primeiros.

Como pensa que será o mundo em 2050? Teremos carros voadores? Teremos resolvido a fome no mundo? Teremos colonizado Marte? Os nossos sapatos cheirarão finalmente bem depois de passarmos o dia com temperaturas de 30 graus? A nossa imaginação tem levado a melhor ao longo dos anos, mas será que as nossas fantasias alguma vez se tornarão realidade? O tempo o dirá.

De facto, muita coisa pode acontecer ao longo do tempo. É difícil prever o que vai acontecer na próxima quinta-feira, quanto mais como a nossa existência será moldada daqui a décadas. Ainda assim, os mais inteligentes nos negócios, nas finanças e na política pensam ter uma ideia de quais serão os países mais poderosos do mundo em 2050.

Os mercados emergentes poderão ultrapassar as economias desenvolvidas. A França e a Itália poderão ser ultrapassadas pela Turquia e pelo Vietname. A Indonésia poderá ser uma potência económica nos próximos 30 anos e tornar-se um dos melhores locais para trabalhar.

Que países poderosos dominarão o mundo em 2050?

Eis uma lista dos 10 países que dominarão a economia mundial em 2050, de acordo com o relatório “The World in 2050” da PwC.

10. Reino Unido

  • PIB em termos de PPC em 2050: 5,4 triliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 2%.
  • População total em 2050: 75,4 milhões.

O Reino Unido passará do 9º para o 10º lugar, ao ser ultrapassado pela Alemanha. Ao mesmo tempo, o Reino Unido eliminará a França do top 10, tornando-se numa das poucas economias desenvolvidas actuais que resiste ao teste do tempo.

9. Alemanha

  • PIB em termos de PPC em 2050: 6,1 biliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 1,4%.
  • População total em 2050: 74,5 milhões.

A Alemanha terá um desempenho ligeiramente superior ao da sua congénere britânica nos próximos 30 anos. De acordo com os analistas da PwC, não são tanto os fundamentos económicos que afectarão a Alemanha. Em vez disso, é o desempenho relativo a certos mercados emergentes que desempenhará um papel importante na entrada da Alemanha no top 10.

8. Japão

  • PIB em termos de PPC em 2050: 6,8 biliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 1%.
  • População total em 2050: 107,4 milhões.

O Japão está numa posição comparável à da Alemanha, no sentido em que não é tanto que a força da sua economia venha a diminuir, mas que se espera que outras nações, como o Brasil e o México, acelerem entre agora e 2050. Globalmente, prevê-se que o Japão, atualmente a terceira maior economia, saia do top 5 até 2050 e desça para o oitavo lugar.

7. México

  • PIB em termos de PPC até 2050: 6,9 biliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 6,9%.
  • População total em 2050: 163,8 milhões.

Nos próximos 30 anos, o México poderá ultrapassar o Reino Unido e a França. De acordo com os autores do estudo, uma das áreas do México que poderia ser muito melhorada é o controlo da corrupção, algo que o atual governo não conseguiu travar ao longo de todos estes anos.

A outra força que o México poderá ter nos próximos anos é um peso mais forte, especialmente em comparação com outras moedas latino-americanas, como o peso colombiano ou o real brasileiro.

6. Rússia

  • PIB em termos de PPC em 2050: 7,1 biliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 1,8%.
  • População total em 2050: 128,6 milhões.

Com a transição do mundo para o gás natural, os especialistas acreditam que Moscovo se posicionou bem em comparação com outras economias. Além disso, como se viu nos últimos anos, a Rússia tem vindo a diversificar a sua economia, deixando de depender exclusivamente dos recursos naturais para crescer.

Todos estes pontos significam que a diversificação para além dos recursos naturais é um requisito fundamental para o crescimento sustentado a longo prazo em muitas das economias consideradas neste estudo, especialmente na Nigéria, Arábia Saudita, Rússia, Brasil e África do Sul”, afirma o relatório.

5. Brasil

  • PIB em termos de PPP em 2050: 7,5 triliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 2,5%.
  • População total em 2050: 238,3 milhões.

O Brasil foi classificado como um mercado que “superou desafios e, em última análise, foi bem-sucedido ao combinar suas melhores práticas globais com uma adaptação flexível aos ambientes locais de negócios e de consumo”. O Walmart no Brasil foi identificado como um exemplo disso.

O revés para o Rio de Janeiro pode ser o facto de não ter conseguido ultrapassar os escândalos políticos e a corrupção desenfreada. Ainda assim, uma economia diversificada e o aumento do investimento estrangeiro poderiam permitir ao Brasil superar algumas das maiores economias do mundo atualmente.

4. Indonésia

  • PIB em termos de PPC em 2050: 10,5 biliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 3,2%.
  • População total em 2050: 322,2 milhões de habitantes.

Poderá a Indonésia tornar-se um dos maiores mercados do mundo? Muitas empresas estão a abandonar Pequim e a procurar pastagens mais verdes nas economias vizinhas.

O facto de a Indonésia estar a atrair empregos deslocalizados da China já chamou a atenção dos analistas financeiros de todo o mundo. A Indonésia está a atrair empregos deslocalizados da China, o que amplificou o crescimento do rendimento real, aumentou a procura interna e melhorou a sua vantagem competitiva.

3. Estados Unidos

  • PIB em termos de PPC em 2050: 34,1 biliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 1,9%.
  • População total em 2050: 388,9 milhões.

Os investigadores da PwC argumentam que a educação em massa pode ser um fator considerável para o declínio da América como o país mais rico do planeta. Apesar de os EUA liderarem os países da OCDE em termos de despesa pública com a educação, os resultados têm sido péssimos. Se os EUA e outros Estados melhorassem o estado da educação, adoptando as mudanças tecnológicas, poderiam surgir novas oportunidades de emprego. Ainda assim, poderá não ser suficiente para vencer as duas economias mais ricas do mundo: a Índia e a China.

2. Índia

  • PIB em termos de PPC até 2050: 44,1 biliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 3,9%.
  • População total em 2050: 1,705 mil milhões.

É um sinal dos tempos o facto de a Kellogg’s se ter posicionado como uma das maiores marcas estrangeiras na Índia. Embora as projecções indiquem que a Índia terá um desempenho superior ao de todas as economias mundiais (menos a China), os números estimam que os rendimentos médios serão inferiores aos de outros países.

A trajetória do PIB per capita da Índia ao longo dos próximos 34 anos é marcadamente diferente da sua progressão global do PIB, ilustrando que, embora o forte crescimento da população possa ser um motor fundamental do crescimento do PIB, pode também tornar mais difícil aumentar os níveis médios de rendimento”, explica o relatório.

Dito isto, embora se espere que a economia global abrande ao longo do tempo, a Índia e a Nigéria serão as excepções a esta expetativa, e o crescimento permanecerá mais forte durante mais tempo.

1. China

  • PIB em termos de PPC até 2050: 58,5 biliões de dólares
  • Taxa média de crescimento anual em 2050: 2,1%.
  • População total em 2050: 1,348 biliões.

E, para surpresa de todos, a China será a economia mais poderosa do mundo em 2050. Mas não foi preciso a PwC chegar a esta conclusão. Há já algum tempo que toda uma série de organizações, instituições financeiras e governos o prevêem, desde o Banco Mundial às Nações Unidas e desde a Goldman Sachs à União Europeia.

A China não vai crescer isolada como tem estado durante anos. Em vez disso, Pequim crescerá abrindo os seus mercados a empresas estrangeiras, como a General Motors e a Tesla Motors. O Presidente Xi Jinping abraçou reformas orientadas para o mercado desde que se envolveu numa guerra comercial com os Estados Unidos em 2017, permitindo mais investimento direto estrangeiro.

No final, apesar das lutas geopolíticas e das disputas comerciais, os autores do estudo estão confiantes de que a China ainda será suprema daqui a 30 anos.

Considerações finais

Desde a adoção e prevalência global do 5G (6G?) até aos táxis voadores e ao turismo espacial, há muito que pode acontecer nos próximos 30 anos. Pense no que aconteceu nos últimos 30 anos para compreender o quanto o mundo e a economia global evoluíram. A China tornou-se a segunda maior economia do mundo, podemos comunicar instantaneamente com alguém do outro lado do mundo e as revoluções políticas podem acontecer com 140 caracteres e um clique num botão.

Embora o teletransporte e a visita a outra galáxia sejam improváveis no nosso futuro a curto ou médio prazo, podemos prever que os reis e rainhas de hoje serão derrubados pelos reis e rainhas de amanhã. Uma nova era de prosperidade económica surgirá para alguns, e a estagnação económica será a norma para outros.

Na sua opinião, como é que a ordem mundial vai mudar em 2050? Deixe-nos saber na secção de comentários abaixo.

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